Arte Natural

Arte Natural

Como iniciei na Pintura

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mutação

Voltando pessoal, dessa vez para postar sobre mais uma tela, agora já na mudança após o primeiro ano de pintura em tela.

Essa tela foi feita em dois materiais distintos.
Primeiro fiz no papel apenas como treinamento, mas uma pessoa viu e gostou tanto que pediu para eu fazê-la, mas desta vez em tela.

Com isso se tornou uma boa para o Blog, já que um dos objetivos aqui é mostrar minha evolução na pintura e passar isso para vocês, com dicas, erros, e acertos na pintura.

Essa pintura foi feita em 2013, um bom ano para mim na pintura... Coisas boas e calmaria, isso me ajudou a ingressar definitivamente no mundo da pintura em tela.

pintura-acrilica-canson

pintura-canson®

A qualidade da imagem não está das melhores, mas dá para ver as montanhas nevadas ao fundo que lembram a da postagem anterior, e temos também aí toda a vegetação, reflexo da água e o solo, com e sem gramas.

É uma pintura em papel Canson®, inspirada em um desenho que vi na internet, mas fora a arrumação da cabana, lago, pinheiro e casas ao fundo, todo o resto eu recriei.

Lembram do que falei na postagem anterior sobre minha dificuldade em pintar rochas? Bem, disse que estava testando uma nova técnica para pintar de maneira mais fácil as rochas, pedras, rochedos... Prestem atenção pois o efeito ficará evidente conforme eu mostrar essas rochas em tela, mas antes disso vou detalhar mais essa pintura em canson® para que assim possam comparar melhor a pintura em ambos materiais.

pintura-acrilica-papel-Canson®
Atenção para as árvores, rochas e montanhas.

pintura-papel-canson
Notem as rochas mais de perto e também o lago com o reflexo das rochas e gramado.

Vamos agora a esse mesmo desenho, dessa vez pintada em tela de algodão, com a mesma tinta acrílica.

acrilica-sobre-tela
Pintura em tela sem moldura.

A diferença é gritante, certo? Vamos analisar e brincar um pouco de jogo dos sete erros.

Muitas cores novas entraram em cena para dar mais vida à pintura. Temos um gramado com mais degradês, e uma diferença que você vê logo de cara são as montanhas que ganharam mais vida com essa tonalidade, com mais sombras e um tímido verde em alguns trechos.

Os pinheiros tiveram um efeito melhor, fazendo com que parecessem mais cheios e alguns novos foram colocados em cena.

A diferença de tonalidade esteve presente também no céu e as nuvens ficaram com mais transparência.

As maiores mudanças se mostraram nas árvores acima da cabana, que ficaram muito melhores desde que comecei a pintura, o gramado próximo as rochas, e claro, o que mais chama a atenção nessa tela, o lago com o reflexo de tudo ao redor, incluindo a cerquinha branca, que na anterior não tinha.

Essa tela foi emoldurada e irei mostrar aqui o detalhe para que possa ver mais de perto essa diferença em comparação à pintura feita no papel Canson®.

pintura-acrilica-tela-quadro

Retratado no reflexo, o céu, as rochas e tudo ao redor dele.  Notem também a diferença das rochas, ainda não estão perfeitas mas melhorei bastante.

Notaram mais alguma diferença? (comentem!)

E aqui temos o quadro finalizado, envernizado e emoldurado. A escolha da moldura foi de minha tia Joanita, e combinou bem com a pintura e também com a cor da parede.

pintura-acrilica-tela-cabana

Lá vem história...


Porque essa paisagem?

Bem, eu sempre tive em minha mente a imagem de uma cabana, cercada de pinheiros e outras árvores, um lago alguns metros à frente e, ao longe, algumas montanhas... Não é exatamente como a da pintura, pois às vezes fica difícil transportar o que desenhamos em nossa mente, para o papel.

O que imagino nessa cabana?

Apesar de ser isolada de tudo, cercada apenas pela natureza (e o melhor, o barulho apenas dos animais silvestres que ali vivem), é algo que me passa paz, um refúgio que certamente daria para ser ainda mais feliz.

Alguns podem ter a visão de um lugar apenas para passar um tempo; eu vejo como morada. Nessa paisagem acabei esquecendo de pôr um bom e fiel amigo de quatro patas.

Como mencionei lá em cima, essa foi a última tela que pintei naquele ano de 2013 o mesmo ano em que comecei a pintura em tela, após isso veio um ano difícil, 2014, e ainda assim continuei, aos poucos, em busca da evolução na arte da pintura e tentando sempre, até hoje, quem sabe um dia, alcançar o nível da pintura hiper realista.

Espero que estejam curtindo o Blog, gostando do material que apresento aqui, e claro, aceito sugestões e críticas construtivas. 

Para finalizar, certa vez minha irmã olhando o blog perguntou, "por que paulowolfartesanatos? ". Bem, primeiro porque não consegui colocar arte ou pintura, como eu estava eufórico para criar um primeiro blog, acabei deixando artesanatos.
Eu deixei o artesanato para trás há muito tempo, e o mais próximo disso que ainda faço hoje, é o papercraft, mas como não sei se há interesse de vocês acabei deixando apenas a pintura mesmo, focada em acrílica sobre tela, por vias das dúvidas irei deixar uma enquete no blog para votação mais à frente.

Obrigado a todos pela visita.

Ajudem o Blog a crescer divulgando nas redes sociais, com comentários, sugestões e pode ainda utilizar o formulário de contato (aquele ali na direita -->) caso queira falar diretamente comigo sobre algum dos assuntos tratados aqui.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cabana


Olá pessoal, tudo bem?

Vou hoje falar sobre uma tela que foi uma das primeiras que pintei, não sei se a sexta ou sétima... Bem, essa tela contém muitos elementos antigos que já pintei em outras telas, mas também traz alguns elementos novos, que é o caso da neblina, montanhas nevadas e rochas.
Falando um pouco sobre esse trabalho, destacando a pintura e não a técnica aplicada, é uma tela que gostei bastante de pintar, sendo uma das quais me passou um sentimento bom ao executá-la por causa da riqueza de detalhes, da paisagem ao fundo, do contraste suave das cores...
Quando seleciono algo para pintar, procuro mais detalhes para que a tela se torne uma novidade a cada dia que o espectador olhar para ela, ou seja, detalhes que antes você não percebia, hoje acaba encontrando. Um exemplo são os pássaros sobre o telhado de palha, ou a fina queda d'água distante entre a vegetação encoberta pela neblina... daí por diante.
Talvez esta tela retrate uma cabana na qual muitos gostariam de morar, pela calma e tranquilidade que ela desperta quando a apreciamos. Estranho o que tintas e pinceladas em uma tela de tecido é capaz de criar, não é? Separadas e sem direção acabam criando nada mais além de manchas, mas quando bem aplicadas e misturadas acabam criando bons resultados.
Parando agora de filosofar sobre essa tela, podemos ingressar na parte mais técnica da pintura e visualizarmos como está minha evolução na pintura, afinal é disso que se trata esse blog, certo?

Para começar colocarei cada pedaço que compõe a tela, em detalhes, afinal será que quando a descrevi acima, o resultado real será como você imaginou?

pintura-acrilica-montanha

Quase toda a paisagem ao fundo é coberta pela neblina. Não sei se é comum a forma como outros pintores fazem esse efeito mas eu utilizei apenas um pincel super macio com pelo de marta e a tinta ainda levemente úmida.
Na vegetação também temos a neblina mas parte dela tem uma iluminação para mostrar que há raios de sol em algumas folhas.

pintura-acrilica-neblina 

Ainda na figura acima, um pouco abaixo das montanhas, nos deparamos com uma fina queda d'água que sai do meio das árvores, terminei colocando mais uma névoa nessa parte para dar a impressão de que era formada exatamente pela água da cachoeira.

pintura-acrilica-arvore

O que temos nesta outra parte é um pouco do céu ao fundo que foi pintado com um azul tão suave que quase chega a ser branco, mas eu pretendia conseguir o contraste certo com toda a paisagem de fundo.
Já as árvores, bem... preciso continuar treinando, não é? Quanto mais próximo elas estão, mais detalhadas devem ser pintadas, por vezes chegando até a ser mostrada folha a folha, a depender da distância que pretendemos retratar em relação ao observador. Se eu refizer essa pintura futuramente, é mais um detalhe que pretendo mudar.

Olha, é uma chaminé?! Detalhes para uma pintura rica.

pintura-em-tela-detalhe

E aqui temos o detalhe do telhado, utilizando algo rústico que combinou bem com o resto da paisagem.
Percebemos alguns detalhes como pássaros ao longe e o traçado simples das palhas com leve iluminação utilizando a tinta branca, nesse caso aplicada para dar volume à pintura.
Também, claro, há o sombreamento para ajudar nessa parte das palhas e a sombra projetada em partes da parede que torna a pintura mais realista.

pintura-em-tela-acrilica 


Bem, aqui vemos a pintura completa. Tive ainda bastante dificuldade tanto nas rochas quanto nos matos e gramas que estão ao redor dessa cabana rústica. Vi recentemente que tem uma técnica mais fácil de fazer as rochas, a dica é a tinta se misturar no pincel, duas tonalidades, uma clara e outra escura e, rodando o pincel, cria-se o efeito e, consequentemente, está pronta a rocha. Eu fiz isso em uma outra tela que acabou ficando com minha mãe e irei mostrar futuramente aqui no blog.
Coloquei ainda algumas flores, algo bem simples, junto à algumas rochas, assim como sombreamento nos matinhos, efeitos também nas paredes da cabana que a tornasse mais rústica, mais desgastada pela ação do tempo.

pintura-em-tela-acrilica

Finalizada, aqui está o resultado da tela e da palheta de pintura :)
Não desenvolvi a paisagem, apenas utilizei como guia para aperfeiçoar minha técnica na pintura autodidata.

Essa tela combina com uma moldura um pouco escura, quase tabaco, mas isso fica a cargo de cada um, pois tem vários elementos envolvidos quando se escolhe a moldura, por exemplo, em que local da casa o quadro será exposto. Futuramente tentarei colocar no blog um link para vocês simularem molduras para ver se combinam.

Finalmente, o que vejo é uma cabana na beira de um precipício mas que esbanja uma beleza rústica, e é quase possível sentir a brisa que vem lá das montanhas e árvores... E vocês, veem o mesmo?

Participem, continuem comentando, seguindo o blog e compartilhando.

Obrigado a todos pela visita.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Lavou ta novo

Beleza, pessoal?

Bem, para complementar a postagem anterior, irei colocar algo aqui ainda sobre Stencil, que espero ser útil a vocês, amantes da pintura com Stencil, mas dessa vez a técnica será aplicada em outra superfície que não o tecido.

Quando fiz essa pintura eu nem pensava que um dia ia montar um blog sobre pintura, muito menos compartilhar esse trabalho.

A história dessa pintura é que na época eu fiz uma mini reforma aqui em meu cantinho, eu estava motivado para que essa reforma acontecesse e queria que tudo ficasse bem arrumado, tudo bem novinho. Mas no meio da reforma tinha um pilão. Ele era grande, feito com aquele material que era utilizada nas caixas d'água antigas: o amianto (como uma liga leve de cimento).

Esse pilão é bem antigo, não lembro como ele veio parar aqui no primeiro andar pois é difícil passá-lo pela escada bem como pelas janelas que foram colocadas, mas eu sei um pouco a história do pilão, apesar de que, se bobear, ele é mais velho do que eu.

Ele foi trazido para minha casa por uma outra tia minha, há muito tempo atrás. Lembro dele quando eu era criança, ele servia como um vaso grande de plantas, e por ele já passaram várias plantas ornamentais. Com o tempo as plantas acabaram, o pilão foi esvaziado e então largado em um canto qualquer, que mais tarde veio a se tornar o meu cantinho.

Deixado no canto, ele parecia não ter tanta serventia, o destino dele era ser quebrado e, então, jogado fora, segundo palavras da minha mãe e também da minha tia Joanita. Mas eu não sou muito de jogar algo antigo fora, algo que teve sua história, e com isso eu vi aquele pilão de uma outra forma.

Recuperação, tratamento, transformação... Foi assim como na história do meu cavalete de pintura, lembram?

O que fiz primeiro foi lavar bastante o pilão, com uma vassourinha de piaçava, para que fosse retirada toda parte solta; restos de massa de cimento foram raspadas com uma espátula de aço, e todo o limo acumulado também foi retirado com vinagre e bicarbonato.

Agora era o tempo de secar o pilão completamente.

Casa novinha mas o pilão ainda não estava bom o suficiente para combinar com o resto do meu canto.

pilão de amianto
Pilão depois de lavado.

Bem, temos acima a foto do pilão já lavado e seco, mas como podem ver a aparência dele ainda não é das melhores para servir para algo útil.

- Mas esse não é um blog de pintura e artes, Paulo?

- Sim, e é aqui que irei utilizar o molde que fiz de filme de radiografia na postagem anterior (em vídeo), utilizando apenas tinta de parede (acrílica pvc).

Vocês que acompanham o Blog devem ter lido que falei que o molde de Stencil é bom também para pintura em outras superfícies que não apenas o tecido, certo? 

Pois bem, você pode pintar uma barra decorativa na parede utilizando essa técnica ou pode enfeitar suas mobílias antigas, pode ser utilizada em várias superfícies, no caso utilizei em uma superficie que apresenta um pouco de dificuldade por ser curva, mas esse problema pode ser sanado se você fizer um molde que não seja muito grande e com isso ir adaptando à superfície.

Stencil em parede
Stencil pintado em parede
Stencil em parede
Melhor forma de pintar com stencil em parede.













Temos acima dois exemplos de pintura em parede com Stencil, e vocês podem encontrar outros exemplos muito bonitos também. E, uma observação, no caso do Stencil utilizado na parede, o ideal é pintar com auxilio de um rolinho de espuma com pouquíssima tinta ou espuma molhada em tinta dando batidinhas. A tinta deve ser pouca e consistente para que não escorra na parede.


Stencil em pilão

E aqui está o resultado: O pilão que seria destruído pode agora enfeitar o ambiente e ainda ter suas serventias. Pode ainda se tornar um canteiro com belas flores (aconselho impermeabilizar), pode servir como mesa para seus artesanatos, ou para estudo e por aí vai, a nossa imaginação é livre para que possamos usá-la.

Stencil em parede
Pilão já finalizado

stencil-em-concreto


No meu caso escolhi usar como mesa, e dentro dele guardo coisas pequenas, fiz pés para ele usando tampas plásticas de garrafa pet para que não arranhasse o chão.

Bem, então é isso, espero que tenham gostado de mais essa transformação de um objeto inútil em algo legal, e também outra forma de aplicação do molde desenvolvido na postagem anterior.

Agora acredito que postarei apenas telas para que possam ver como anda minha evolução na pintura, se as árvores ainda me causam pesadelos, e se já apresento um estilo próprio de pintura, vamos então para a 6ª tela?

Vamos, vamos, VAMOS!

Obrigado a todos pela visita ; )


sábado, 17 de outubro de 2015

Lições de minha tia, pintura com Stencil e vamos aprender!

Olá galera!

Bem, lembram da postagem anterior? (não leu ainda? corre lá!!) No final eu prometi que nessa próxima postagem eu ia falar um pouco sobre a pintura em Stencil, confere?

- "Ahhh Paulo... mas não estávamos já voltando a pintura em tela?"
- Sim, pequeno gafanhoto, estávamos, mas por baixo dessa ponte evolutiva ainda vai passar muita água, e dela vem grandes acontecimentos.

Voltarei brevemente a esse assunto da pintura em tela mas, nesta postagem, estarei atendendo a algumas pessoas que visitaram meu blog e solicitaram uma amostragem sobre a pintura em pano de prato, aquela que eu mencionei da época em que minha tia me iniciava no universo da pintura com o uso do molde vazado ou, se preferir algo mais chique, Stencil. Então como é de fácil e rápida execução acabei voltando um pouco para trazer à vocês essa técnica.

Para o bom entendimento da técnica do Stencil eu procurei ensinar o melhor método para que não fique muitas dúvidas, e para isso eu escolhi passar esse conhecimento através de vídeos, imagens e, claro, textos bem detalhados.

Lições de minha tia... Bem, vocês já leram sobre como comecei na pintura e sabem que minha tia foi a idealizadora e grande incentivadora para que isso acontecesse, ela no decorrer de toda sua vida sempre passou a todos a sua volta informações preciosas em todos os assuntos, tendo como foco a pintura irei passar então a vocês algumas dicas que serão úteis para iniciantes na técnica da pintura com molde vazado como complemento a pintura à mão livre.

Sim, a pintura que será destacada aqui acaba englobando ambos, mas não se preocupem, não vai ser necessário saber desenhar para fazer uma pintura à mão livre, dicas meus amigos e amigas... aproveitem as dicas...Vamos a elas:

Primeiramente eu preparei um vídeo curto de três minutinhos em que mostro como fabricar seu próprio molde vazado durável utilizando filmes de radiografia sem utilidade e que vocês certamente iriam descartar (a não ser que guardem para ver algum eclipse solar).

Dicas da tia Joanita:

Minha tia me ensinou, após muitos anos, a fabricar um molde que fosse mais durável do que o simples molde de cartolina que acabam se deteriorando em pouco tempo, e ela me deu duas dicas.

1 - Fabricar o molde de cartolina, mas impermeabilizar ele com parafina derretida. Como eu acho essa maneira pouco acessível e também mais perigosa para vocês por envolver fogo e parafina quente, então prefiro passar para uso a segunda dica. (Caso queiram mais detalhes posso responder no comentário)

2 - Molde Vazado feito com filme de radiografia. Será necessário pouco material para fazer isso, e será bem rápido, demorado apenas o processo de retirar a tintura preta do filme (a prata).

Eu preparei um vídeo, e também irei mostrar em resumo por imagens, mas aconselho que acessem o vídeo por ter uma pequena dica da próxima postagem nele.



Você pode ver o vídeo maior clicando no ícone "assistir no YouTube"

stencil em acetato

Materiais para confecção do molde em filme de radiografia (acetato):

Você vai precisar do filme de radiografia, água sanitária (hipoclorito de sódio), água, esponja ou escova, estilete e o desenho que você quer para molde.

1 - Em uma vasilha você vai colocar um pouco da água sanitária e um pouco de água para cobrir o filme de radiografia.

2 - Deixe repousar por 5 à 10 minutos.

3 - Caso precise, use uma escova ou esponja para retirar a tinta preta, esfregue o filme dentro da solução de água sanitária mais a água. Nessa etapa já deve soltar com facilidade toda a tinta (preta).

4 - Vai estar assim após ficar de molho. Enxugue e vamos ao próximo passo.

5 - Com o desenho em mãos, pregue ele na tábua ou sobre um papelão com auxílio de fita adesiva, cole sobre o desenho também o filme de radiografia que você limpou.

6 - Agora recorte o filme com auxílio do estilete com cuidado e paciência. Pronto, você tem agora um molde para utilizar na pintura em tecido, mas também em parede e outras superfícies.

stencil pilão
Um gostinho para vocês, querem ver mais?
É importante que após o uso dele, quando vocês pintarem algo, sempre limpar retirando toda a tinta com ajuda de um pano úmido.

Tivemos aí mais uma dica de minha tia, essa foi a confecção de um molde em stencil, mas no próximo vídeo irei utilizar um feito de cartolina por ser apenas para demonstrar a utilização do molde na pintura.
No vídeo completo irei mostrar desde a confecção do molde até a finalização da pintura.

Outras dicas que é bom dizer antes de começar ao próximo assunto:

Ao comprar o tecido, é bom antes lavá-lo apenas com água mesmo pois se for aqueles tecidos que tem goma na trama, faria com que a pintura não durasse muito tempo.

Outra dica importante para firmar a tinta no tecido: Minha tia sempre dizia que era bom colocar o tecido um pouco no sol após a pintura para a tinta segurar mais no tecido.


Bem, para essa postagem não ficar tão longa, eu irei agora mesmo entrar em nossa segunda lição de hoje que é a Pintura com Stencil, mas ela será mostrada em duas formas, em fotografias e em vídeo.

Vamos esclarecer sobre a apresentação nesses formatos.

Um vai complementar o outro, mas ainda assim, há coisas que você só vai entender assistindo ao vídeo, no exemplo, eu posso citar o movimento e direções que o pincel deve seguir para que não saia uma pintura borrada, assim como usar o efeito de sombreamento e clareamento da pintura. O vídeo está narrado passo a passo, as imagens serão apenas um resumo desses 37 minutos de vídeo dividido em 4 etapas: preparo do tecido a ser pintado, confecção do molde em cartolina, pintura e a finalização à mão livre.






molde vazado
Vamos precisar de: Cartolina, Papel Carbono, Fita crepe/adesiva, Estilete e lápis.


Bem, temos aqui na imagem a primeira parte que é a confecção do molde.
Abra a folha da cartolina e então coloque sobre ela o papel carbono fixado na cartolina com ajuda da fita crepe, em seguida fixe sobre o papel carbono o desenho que você quer transformar em molde para a pintura do tecido.





cartolina paulowolf
Desenho transferido, retire então o papel carbono e comece a trabalhar com o estilete, preste atenção agora, nessa parte iremos recortar só as partes maiores que seriam os pássaros, flores, folhas maiores, miolo das flores.
Algumas folhas menores não precisam ser recortadas pois é possível pinta-las à mão livre.
Eu dividi a asa dos pássaros do corpo para pode-los pintar de cores distintas, no caso corpo amarelo com asas azuis, e também aplicação melhor de sombreamento.


molde vazado
As folhas maiores que recortei, não o fiz por inteiro a ponto de destacá-las do molde, acho mais cômodo para que não se percam as peças, deixei a ponta da folha ainda presa ao restante do molde, como podem ver na imagem.





molde vazado
Terminado de recortar o molde, vai ficar assim. Observem bem que as folhas, eu deixei ainda fixada no molde apenas as pontas e as coloquei para cima.

Observem também que eu cortei apenas as folhas maiores, pois as menores não é interessante que sejam cortadas pois só daria mais trabalho para vocês na hora de remontar o molde e também pela probabilidade de que a tinta vá borrar pela área das folhas por serem muito pequenas fazendo com que o pincel com a tinta entrasse para baixo do molde.

molde vazado em tecido


Detalhe aqui sobre as folhas para não ficar dúvida, deixei pregada ao resto do molde pela ponta das folhas.






Você vai precisar agora de uma placa de isopor (mostrada no vídeo), o tecido que você vai pintar, neste caso optei por um tecido simples de algodão, um pano de prato.

Não pode esquecer também de um papel que absorva bem a tinta, pode ser aqueles papéis de embrulho mesmo, aqueles pardos. O papel é importante para que o tecido não grude no isopor, nem a tinta acabe se espalhando por áreas que você não gostaria que se espalhasse no tecido, ou seja, fora dos limites do molde vazado.

Dito isso, você vai precisar também de alfinetes... não é bom que sejam alfinetes muito compridos, pois  atrapalham mais do que ajudam e isso vai influenciar também na espessura da placa de isopor que pode variar de 2 a 4 centímetros (pode comprar uma placa e cortar, sobrepondo-as em seguida, como fiz no vídeo). Isso é importante pelo fato de que se os alfinetes ultrapassam a placa provavelmente vai te furar caso você pinte sentado(a) com a placa sobre as pernas (como eu fazia inicialmente), ou também arranhe a mesa, entre outras coisas indesejáveis. Se os alfinetes forem curtos demais também não entram o suficiente na placa, vai ficar uma parte para fora prejudicando assim o deslocamento do pincel na hora da pintura, acontecendo esbarrões.

Dadas essas instruções, vamos a montagem do tecido na placa:

Coloque a placa de isopor na mesa (ou onde preferir pintar - eu gostava de pintar sentado com isopor nas pernas) e então sobre ele, o papel para absorver a tinta e, por cima desse papel, o tecido que quer pintar.

Feito isso comece a esticar o tecido com ajuda dos alfinetes. Bem a placa de isopor tem 4 lados, certo? Então você vai arrumar o tecido para que o meio dele fique no meio da placa para que o a pintura não fique mais para um lado do que para o outro (confesso que essa parte minha tia costumava fazer para mim), em seguida coloque o primeiro alfinete, eu começo com um no canto da placa pregando o tecido, e em seguida outros 2 no lado do primeiro, podem ser colocados 3 a 4 alfinetes em cada lado da placa (direita, esquerda, cima, baixo), ao colocar a fila dos 3 a 4 primeiros você vai esticar o tecido para que fique bem estirado, isso é importante para o pincel deslize melhor sobre o tecido sem que ele saia do lugar. Pregou 4, esticou, pregue mais 4 alfinetes, estique e assim vai até o tecido estar todo esticado e pregado de alfinete nas laterais do isopor.

Hora de Arrumar o molde que você recortou no tecido:

Monte o molde no centro do tecido para a pintura não ficar mais em um lado do que no outro e sim no centro do tecido.
molde com cartolina

Ele vai estar assim, todo alfinetado e com todas as peças recortadas em seus devidos lugares.

Você vê na imagem que todos alfinetes estão ainda altos, certo? Empurre-os para baixo até que as cabeças fiquem junto ao molde.

Feito isso vamos agora a parte legal, destacar os pedaços e ir pintando. Como é feito essa escolha?
Aqui não temos muito a questão da ordem como teríamos na pintura em tela.

materiais de pintura

Temos aqui o material que iremos utilizar nessa etapa final.

Os pincéis sintéticos, acho melhor para pintar nesse tipo de tecido. Preferência para pincel tipo broxinha ou pelos longos pois apanha a quantidade certa de tinta e preenche bem o tecido sem muitas pinceladas.

Uma vasilha com água. Eu uso uma própria para isso (lembram dela na postagem sobre os materiais que utilizo?), pode ser substituída por um copo com água, que era o que fazia quando pintava com minha tia.

Um pratinho, ou azulejo, ou qualquer superfície lavável que você possa depositar a tinta para a mistura de cores. Eu poderia utilizar minha palheta de pintura, mas escolhi aqui para vocês um pratinho descartável. Com minha tia usávamos um pratinho plástico que sempre lavávamos após finalizar a pintura.

E, por último, algumas cores de tintas que irei utilizar aqui e que eu tinha à disposição. Lembrando que, foram tintas que eu possuía mas, como já mencionei, já não faço a pintura em Stencil atualmente, hoje me dedico mais à pintura em tela, então comprei apenas uns 5 frasquinhos para não desperdiçar material, e acredite, esses frascos duram bastante, são 37 ml cada, e muitos desses foram de minha amada tia.

Posso passar a lista de cores que utilizei na pintura caso desejem.

molde passaros

Bem, como podem ver aqui, escolhi iniciar a pintura pelos pássaros na seguinte forma (isso fica bem detalhado no vídeo).

Utilizei a cor branca para pintar as partes que ficariam mais claras, nessa figura o papo, a barriga, parte da cabeça e, sem lavar o pincel, misturei no próprio pincel a tinta amarelo ouro e, em pinceladas curtas no sentido de cima do molde para o interior do vazado, é importante esse sentido para não haver vazamento de tinta para baixo do molde e borrar a pintura e também de suma importância que seja colocada pouca tinta no pincel, afinal é mais fácil você preencher o tecido com outras demãos de tinta aos poucos do que retirar o excesso que, nesse caso, iria borrar e estragar sua pintura.

Com a tinta amarelo cádmio eu dei um sombreamento bem sutil em algumas partes que precisam ser sombreada mas não de uma forma muito carregada. Foram elas: as penas da cauda em riscos rápidos com a lateral do pincel;  próximo ao pescoço das aves; abaixo da asa que é uma área que vai precisar de uma carga mais escura posteriormente, afinal você tem de pensar de onde vem a iluminação, no caso escolhi por trás dos pássaros (do mais alto para o que está no nível inferior).

Lembrando que você não vai lavar o pincel ainda, Ok? Continue a etapa do sombreamento agora misturando um pouco do marrom em áreas específicas das aves.

Escolhi carregar mais nessa cor escura, o marrom, bem junto às asas, e na junção, cauda com o corpo das aves, e em pinceladas rápidas. Com a lateral do pincel puxei o marrom destacando algumas penas da cauda da segunda ave, que irá predominar a cor amarela para destacar da outra ave.

Terminada o corpo dos pássaros, irei agora cobrir com o molde essa área e então passar para as asas do pássaro menor, parte da cabeça de ambos os pássaros e corpo e cauda do segundo pássaro maior.

pintura em tecido
Lave e seque bem o pincel ou pegue outro pincel para segunda parte dos pássaros.

Vamos então começar novamente com o branco em toda a parte que queremos mais claridade.
Escolhi a ponta das asas (ave menor), próximo à junção com o corpo, próximo à junção pescoço/cabeça na ave maior, e também cauda da ave maior.

Com o mesmo pincel ainda sujo de branco, agora com o azul celeste iremos passar por quase todo o pássaro, e ficará parecido com a imagem ao lado.

Em riscos rápidos e com o pincel levemente sujo com o azul turquesa ou azul cobalto, comece o sombreamento das seguintes áreas, cauda em riscos rápidos com lateral do pincel e quantidade mínima de tinta no pincel, na junção da cauda com o corpo no pássaro maior, e ainda no pássaro maior você fará um sombreado na junção cabeça com o corpo. Caso queira pode também usar pouco, quase nada, de tinta preta no sombreamento dessas últimas partes que citei.

Feito isso, cubra todas as partes que você já pintou e passe para outra fase (salvou o joguinho?)

molde em tecido

Lave ou troque de pincel e vamos ao próximo.
Escolhi agora passar para as flores. Descobrindo todas elas e deixando os miolos das flores pregadas no tecido, começarei com o branco na parte mais externa das pétalas, ou seja, próximo ao molde no sentido ao centro das flores.
Utilizando o rosa chá, siga o mesmo processo que foi feito com o branco, mas deixando algumas das pétalas mais para branco do que para o rosa chá.

Preste atenção nas folhas e outras flores e veja onde se destacaria as sombras, veja que algumas flores são encobertas pelas flores, assim como algumas folhas encobrem as flores etc... feito isso você vai pegar uma cor mais escura para fazer essas sombras.
Temos aqui dois níveis de sombreamento, um leve e outro pesado.
No sombreamento mais leve você vai utilizar o vermelho vivo, quer dizer, no meu caso eu estava sem essa cor, então utilizei a cor tangerina, que está entre o vermelho fogo e o laranja escuro. Utilize essa cor para dar um efeito no centro das flores próximo ao miolo (veja em vídeo para mais detalhe) com pincelada curta de dentro para fora. Nas pétalas próxima as flores também, reforce com o marrom o sombreamento mais pesado e também sombreie próximo ao miolo.

Feito isso, estão prontas as flores. Cubra, limpe os pincéis e passe para próxima e última parte da pintura com o molde vazado. 


molde pintura tecido
Bem, eu quis utilizar um efeito bacana nas folhas.

Fiz o seguinte, indo mais para o lado da pintura porcelanizada escolhi clarear as folhas.

Comece com o branco mas apenas em um lado das folhas, até o centro da mesma (não é para preencher toda a folha de branco), e ainda com o pincel sujo de branco, passe ele no amarelo ouro (com amarelo pele também ficaria bom), e passe em pinceladas curtas no mesmo local que você pintou de branco.
Do outro lado das folhas que você não passou tinta, você vai pintar, no meu caso com a cor verde maçã (verde claro) toda a parte que tinha ficado sem pintar, até encontrar-se no meio da folha com a tinta anterior, feito isso é hora de escurecer apenas essa parte.
Com o pincel ainda sujo de tinta, passe em um pouco de tinta verde oliva e marrom, em seguida comece a sombrear pela base da folha para a ponta em pinceladas curtas sem cobrar a folha por completo. Algumas folhas estão quase encobertas por flores e outras folhas, para essas escureça um pouco mais com ajuda de um tiquinho de tinta preta, quase nada, misturada ainda no pincel.
Feito isso, vai ficar assim como na imagem, claridade em um lado, sobra esverdeada no outro lado, um efeito meio degradê.

Limpe o pincel ou troque-o.

Terminadas as folhas, vamos finalizar a pintura com o que faltou, o miolo das flores.

Em uma parte do miolo dê leves batidas com o pincel sujo de tinta branca, e comece a sombrear apenas um lado do miolo com o amarelo ouro, seguido de amarelo cádmio, e finalize com o marrom, em pequena quantidade.

Pintura quase completa, hora de tirar todos os alfinetes, com cuidado para não deixar nenhum no molde.

pintura em tecido

Com auxílio de um lápis de ponta macia, comece então marcar alguns detalhes como olhos, bicos e pés dos pássaros.  Caso queira, também pode marcar os galhos, mas acredito não ser necessário.
Agora utilize o pincel filete para fazer os detalhes.
Com a tinta preta faça os olhos, com o marrom pode fazer o contorno dos bicos e preenchê-los com o laranja (amarelo+vermelho) aproveite e faça os pés, e ainda com o marrom faça as nervuras das folhas e pequenos galhos utilizando ainda o pincel filete.
Para os galhos maiores você pode utilizar um pincel maior do que o filete e, no meu caso, utilizei o marrom, sombreei com o preto e clareei com o cor de pele.

Lembre de fazer o contorno dos miolos das folhas com o marrom misturado à um pouco de preto.

Utilize a mesma mistura para fazer um breve contorno na cauda dos pássaros, nas asas, e outros detalhes que julguem necessário.

stencil-pano-de-prato


Aqui a pintura finalizada. Tem mais de 10 anos que não utilizo essa técnica, mas espero que vocês tenham gostado e que tenha ficado bem explicado.

Dúvidas? Sugestões? Formulário de contato na lateral direita da postagem ==> E comentários aqui no final da postagem.

Ainda não decidi a próxima postagem, mas posso ainda continuar no embalo do molde vazado e mostrar algo que tenho preparado.


Obrigado a todos, compartilhem e continuem seguindo o blog.
Thank You, Danke, Merci, شكرا, go raibh maith agat, grazie.


fogos-de-artificios

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tela número 5: Casarios (e agora a coisa fica séria!)

Olá amigos!

Como prometi na postagem anterior sobre materiais de pintura, estou aqui para mostrar mais uma tela, no caso, se não me engano, a quarta tela (confere aí, produção!). Pode ser que eu esteja perdendo a conta, já que esqueci de colocar datas em algumas, então irei postar na ordem de evolução que eu me recordo.

Nessa estrada de treinamento, novos aprendizados e eterna evolução, eu acabei derrapando após alguns progressos, mas sempre voltando para a estrada e continuando a jornada em busca da perfeição, afinal a gente sempre procurar conquistar a perfeição em tudo que fazemos, não é? (Cara... eu seria um bom rapper cheio das rimas!)

Bem, eu fugi do tema em minha nova tela? Um pouco. Eu saí da pura paisagem para entrar em um novo motivo, casarios¹ que é outro tema que gosto muito e, para quem está começando, fica a dica: é um tema fácil e tem um resultado final muito bonito.

Se você olhar bem para essa tela, percebe que ela não foge totalmente ao motivo paisagem, afinal ao fundo visualizamos muito das características das pinturas paisagistas.

Vamos a ela?


casario-pintura-acrilica-canson


Esse foi meu primeiro casario, e vou então falar um pouco sobre ele e o que podemos notar nessa imagem.

pintura em tela erros e acertos
Siga a seta e veja onde vai chegar...



Como podem ver ainda tem aquela dificuldade básica na parte de vegetação mostrada nas setas vermelha e verde, em compensação a árvore da seta amarela ficou muito boa, na minha opinião (o que vocês acham?).

Os coqueiros (setas pretas) ficaram bons levando-se em conta que foi a primeira tentativa, claro que devemos considerar que é de uma vista distante, logo não há detalhes nas palhas nem no tronco.

As setas marrons mostram um ponto interessante referente ao contorno e nivelamento das casas que pedem uma reta mais precisa, o que podemos fazer para sanar esse problema é recorrer a alguns métodos simples. Você pode usar uma régua para demarcar separando a área que será pintada da área que ficará sem pintar, pode também utilizar fita adesiva ou um pedaço de cartolina para servir como molde, as opções são muitas e simples, mas eu só utilizei desses recursos na última tela que pintei para minha tia.

Continuando, a água no chão ficou com bons reflexos, tremida para demonstrar movimento da água pelo vento e leve sombreamento na junção da água com o solo.

Os relevos no solo também ficaram legais com o jogo de luz e sombreamento; montanhas ao longe com pouco detalhe devido a distância que se tem em relação ao observador. Beleza?

Seguida dessa tela temos outra que irei demonstrar abaixo, mais paisagista e com mais detalhes, mas com uma visão aproximada em relação ao observador.

pintura em tela
Demonstrativo sobre ordem da pintura


pintura-em-tela-acrilica
Pintura finalizada 20x30. Muita vegetação...você vê a casinha ali?

Não sei se já falei antes mas a pintura tem também uma ordem a ser seguida, isso eu deixo claro na última tela que pintei, a pintura das araras (estão curiosos?) em que mostro por onde começar e finalizar a pintura. Nessa tela pequena eu mostro um pouco disso também nesse passo a passo.
Vemos que temos de ir do fundo para frente para que seja mais fácil posicionar a mão sobre a tela evitando acidentes como sujar a mão na tinta fresca e sair anarquizando toda a tela.
Erros e acertos: Os troncos ficaram bons (na minha opinião) assim como o piso que foi um pouco trabalhoso, temos um céu ao entardecer que mostra a cor alaranjada mas que eu deveria ter puxado um pouco mais sobre o azul central e isso não apareceu na fotografia.
Com relação às folhagens das árvores também não tive dificuldades dessa vez, testando já outra técnica de fazer folhas com a batidinha do pincel, a mesma foi empregada para as flores sem detalhes, assim como as que estão próximas à casinha cinza.
A casinha acabou ficando meio escondida, isso devido a cor empregada que deveria ser mais clara e, então, sombreada tendo em vista que é uma pintura escura...
O gramado foi pintado com simples pinceladas curtas, utilizei um pincel de cerda longa sintética, e a sombra das árvores deram vida à pintura.
Finalizando com uma queda d'água ao longe e montanhas.

A seguir, uma retrospectiva das quatro primeiras telas 20x30:

paulowolf pintura

Bem, obrigado pela visita e na próxima postagem (atendendo a pedidos) pretendo mostrar um pouco da técnica que minha tia havia me ensinado quando comecei a pintar, o Stencil, contendo dicas, imagens e vídeos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Material de Pintura - Continuação. (Faltou o bonitão - Verniz!)

Pessoal! Antes de tudo peço desculpas pela minha péssima memória (qual é meu nome mesmo?) e estou me referindo a um dos materiais de pintura que faltou e que serve exatamente para a finalização de sua pintura: o verniz.

Na postagem anterior eu até mencionei sobre ele quando falava da diferença de tempo de secagem da tinta acrílica X tinta à óleo, lembram?

Bem, caso não lembrem, então é o seguinte: a tinta acrílica com uma semana você já pode envernizar, já a tinta a óleo são seis meses de secagem para poder envernizar, conforme pesquisei, já que não utilizo a tinta à óleo.

Enfim, os vernizes podem ser encontrados nos seguintes tipos:

Brilhante, Semi-brilho, Fosco:

A utilização de cada tipo depende mais do gosto pessoal do artista em testá-los e, na minha opinião, também resulta do motivo (desenho) que foi pintado na tela.

veniz acrílico
Algumas marcas de vernizes que utilizo.

É importante que seja usado o verniz acrílico, e que ele tenha filtro U.V., isso irá dificultar que a pintura desbote com o tempo, assim como deve conter fungicida para espantar as traças que vão querer saborear e chamar toda a família para fazer de sua tela um banquete "très bien".

O verniz da figura do meio, o verdinho ali, foi meu primeiro verniz, ele não diz se tem filtro nem fungicida, então... minha preferência é pelo primeiro e o terceiro para utilização em minhas telas.

A diferença de preço entre as marcas chega a uns R$ 5,00 (Cinco reais).

Ele é solúvel em água e, apesar de estar escrito ser incolor, se você olhar bem vai perceber que ele é levemente amarelado, mas não compromete a pintura; ele tem um cheiro que vai de fraco à médio. Deve ser utilizado a uma distância de 30 cm da tela, e no sentido horizontal, de cima para baixo.

Não aplique muitas mãos nem de tinta nem de verniz ou sua pintura pode acabar ficando craquelada¹, ou seja, com rachaduras quando secar e com o passar do tempo.

Lembre-se que, diferente da tinta para tecido, a tinta acrílica já possui brilho, mesmo após secagem, isso pode ajudar na escolha do tipo de verniz para a pintura que você fez, ainda que não tão brilhante quanto a tinta à óleo.

Ficou bem explicado? Do meu ponto de vista e experiência própria com o uso de verniz, é isso que tenho a dizer, se faltou algo podem perguntar, via comentário ou direto no formulário de contato na parte direita dessa postagem.  ===>

Ainda fiquei devendo a vocês sobre o detalhe do cavalete de pintura, certo? Ele é simples mas fiz um diagrama de como ele funciona, vamos lá.


meu cavalete de pintura paulowolf

Ampliei bastante para vocês verem que nessa tábua central tem alguns furos, nesses locais serão encaixadas as partes móveis do cavalete.

Esses parafusos grandes nos suportes são a sustentação e também o guia que vai ser adaptado ao tamanho da tela que você irá pintar.

Tem dois suportes, como podem ver ainda na imagem. O de cima fica o maior, e o de baixo na imagem o menor.

Pois bem, está vendo esse suporte menor? esse aí mesmo de baixo... Ele vai ser colocado na parte superior da tela, apenas para fixar a tela no lugar para que ela não fique caindo pra frente ou para os lados, ou fazer com que você acabe borrando a tela por ela estar desnivelada.

Vamos a detalhes mais aprofundados caso você não tenha entendido ainda.


meu cavalete de pintura paulowolff

As setas vermelhas mostram os níveis que os suportes podem ser encaixados, note que cada seta mostra um furo para encaixe dos parafusos grandes do suporte.

As Setas verdes mostram que o suporte é livre à sua vontade, podem ir para cima ou para baixo, mas o suporte grande sempre ficará em um nível inferior ao suporte pequeno, pois é no grande que vai ser apoiada a tela para pintura.

As Setas amarelas mostram uma configuração de exemplo para uma tela 20x30, o suporte grande deve estar à sua frente de uma maneira que fique confortável para você pintar, o suporte pequeno deve descer mais um pouco para que ele toque a parte superior da tela, imprensando sobre o suporte grande, isso é demonstrado pelas setas laranjas.


Bem, então acho que é isso, nesse post foi explicado sobre os vernizes e sobre o meu velho amigo pé de pano², ops, cavalete de pintura.

Obrigado a todos, e veremos na próxima postagem mais uma tela (a 5ª) que mostra a minha evolução na pintura.



nota:
[¹]Craquelada: Rachadura do esmalte da porcelana, ou do verniz, ou da pintura a óleo, por contração ou dilatação do suporte, formando um entrelaçamento irregular de fendas muito finas. (fonte: www.dicionárioinformal.com.br)
[²]Pé de pano: O cavalo do pica-pau (fonte eu mesmo e diversas criancinhas que curtiam esse desenho animado)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Materiais de pintura para começar pintando até seu cachorro!

Aqui estou de volta para mostrar um pouco mais da pintura em tela, no nível iniciante, é claro, e nada melhor do que começar falando sobre os materiais que utilizo. Alguns deles servem também para a pintura com Stencil e outras técnicas com tinta à base de água.

Pretendo demonstrar de uma forma que você utilize apenas o que é realmente necessário, para que não adquira coisas que não irá utilizar no futuro, caso queira entrar neste mundo da pintura. Caso você pretenda se basear na mesma técnica que utilizo na pintura em tela, faço uso da tinta acrílica.

Na pintura em tela é utilizada a tinta à óleo e a tinta acrílica, mas eu escolhi trabalhar com a tinta acrílica, como mencionei acima.

Vamos saber um pouco mais sobre ela:

bisnaga de tinta acrílica nacional
Tintas acrílica em bisnaga de 20 ml.

Temos aqui as tintas acrílicas. Elas podem ser encontradas em bisnagas como essas da figura acima mas também em frascos de 20, 37, 59, 120, 250, 500 ml. Algumas bisnagas variam no que se refere a quantidade: 20, 37, 59 e 120 ml (marcas nacionais).

Já testei três marcas nacionais de tinta acrílica e, apesar de uma delas ser mais difícil de encontrar, teve um resultado superior em relação às outras, inclusive até mesmo do que a tinta demonstrada na imagem, pela consistência melhor que permite que ela deslize mais facilmente na tela e cubra uma área grande com naturalidade.

A vantagem da tinta acrílica em relação a tinta a óleo e que mais me atraiu foi em relação ao cheiro (a tinta acrílica quase não tem cheiro se comparada à tinta a óleo) e a secagem mais rápida pois para secar a tinta a óleo é preciso utilizar um produto misturado à tinta.

Por um lado é bom, e por outro ruim. Por quê? Pelo fato da tinta a óleo ser melhor para trabalhar a pintura da tela em ambiente externo, com ventilação melhor. Com a tinta acrílica você teria de utilizar um produto que aumentasse o tempo de secagem, mesmo assim, para mim a tinta acrílica possui mais vantagens.

Outra vantagem ainda referente à secagem é que, após finalizada a pintura, aplicamos o verniz e é nesse momento que vemos a grande diferença no tempo de secagem: enquanto a pintura acrílica costuma levar uma semana de secagem para aplicar o verniz, na pintura a óleo você precisa esperar 6 meses para finalmente envernizar.

A limpeza do material é mais eficiente quando usamos a tinta acrílica, pois como ela tem a água como solvente, basta lavar todo o material utilizado na pintura em água corrente e sabão, especialmente nas cerdas do pincel para que durem mais tempo.
Centrando então apenas na tinta acrílica, tem também o preço que é menor em comparação à tinta a óleo, apesar de não ter uma diferença tão grande.

Você quer pintar ao ar livre ou deseja que a tinta acrílica demore mais tempo para secar? Bem, então vamos falar do próximo produto que utilizo, o medium acrílico.

frasco de medium acrilico para pintura em tela
Medium acrílico

O medium acrílico é um produto incolor, à base de glicerina, e serve para diluir e retardar o tempo de secagem da tinta acrílica. Na tinta a óleo temos seis tipos de medium que vai influenciar em várias efeitos na pintura, já para a tinta acrílica há apenas dois medium, que seria esse da imagem e o outro seria a água.

Para utilizar o medium acrílico preparamos 50% de água e 50% de medium, e então misturamos à tinta acrílica. É um produto que não tem cheio forte, e não notei diferença ao utilizar uma ou outra marca.

Falamos da tinta, do solvente e do diluente, agora chegou a hora de falarmos sobre os pincéis.

Bem, o pincel vai depender mais do gosto do pintor, pois existem muitos tamanhos e formatos e também os pelos de cada um vão influenciar na pintura.

porta pincel
Alguns dos pinceis da minha coleção.

Temos os pincéis de pelos curtos que são mais utilizados por aqueles que gostam de ficar mais próximo ao trabalho que está sendo executado e também, na minha opinião, dá mais firmeza ao executar alguns detalhes. Os pincéis de pelo médio, ficam no meio termo, podendo ser utilizados para qualquer tipo de trabalho. Prefiro estes para a pintura com stencil. Pincéis com pelo longo são mais utilizados para a pintura em tela é melhor para não correr o risco de esbarrar em um local recém pintado. Pincéis com pelo extra-longo (neste caso os pincéis leques são um exemplo) mais utilizados para dar alguns efeitos especiais.

Falamos dos tamanhos dos pelos dos pincéis, e então vamos, agora, saber de outra característica dos pelos dos pincéis que seria o tipo de cerda. Temos os pincéis de pelos de boi (orelha de boi), que é bom para acabamentos, exemplo o efeitos de nuvens e neblina que costumo fazer. Pelos de porco, para um acabamento mais rústico; os de cerdas de griz, e um dos que mais utilizo que são os de filamentos sintéticos, são macios mas as cerdas gastam mais rápido. Lembro que minha tia falava também o de pelo de marta... ela tem um aqui e é beeem macio, mas também é bem caro. Para a pintura acrílica felizmente os mais utilizados são os de cerdas naturais (aqueles amarelos) e os de filamentos sintéticos. Digo felizmente por serem mais baratos, apesar do desgaste rápido.

O agrupamento de cerdas é bem amplo, usado para diversos efeitos diferentes, são eles: Chato, chanfrado, língua de gato, broxa, filete, leque, rake (reik), emborrachado (de silicone), andorinha. Desses o que mais uso são, filete para acabamento e assinatura, língua de gato, leque, chato, chanfrado, e o agrupamento broxa que para fazer vegetação é muito bom.
formatos de pinceis







Bem, temos aqui alguns tipos de pincéis que são bem utilizados para diversos efeitos.

De cima para baixo temos, chato, redondo, língua de gato, chanfrado,
leque e Rake (ou reik)

São de filamentos sintéticos, dependendo da marca pode ser nessa cor,  na cor mais escura, quase marrom, ou até mesmo cinza claro.





Vamos agora falar rapidamente sobre as telas: são feitas não apenas de algodão, mas também de Brim, ou linho. São esticadas em bastidores de madeira e pregadas com tachas ou grampos.

Esse item importante na pintura tem diversos tamanhos, o aconselhável pelo que li certa vez era que os iniciantes começassem por um tela grande, 60x90 mais ou menos... 

Mas no meu caso, como mostrei em postagens anteriores e também em minha historia da iniciação nas artes plásticas (se não leu minha história, clique aqui), comecei em uma tela pequena e somente após treinar em papel Canson®, a tela que usei era de tamanho 20x30.

Levando isso em conta eu lhes digo, hoje, que é mais fácil pintar uma tela grande, pela precisão maior que se tem em fazer os detalhes. Ainda que seja mais demorado, vale a pena.

tamanho-das-telas-pintura
créditos: site amopintar.com



Essa tabela serve como base mas há formatos que não esta nessa lista como podem perceber, exemplo as que mais costumo pintar, 20x30, 40x30, 50x70 etc...


Então agora vamos ver outros acessórios por ordem de importância:

Godê para pintura: Ele é utilizado para diluir as tintas. No meu caso eu uso pouco esse acessório, mantenho o medium acrílico diluído com a água e, então, na própria palheta eu misturo à tinta. Mas muitos costumam fazer esse processo de misturar o medium acrílico+água+tinta no próprio godê. Tem tamanhos variados, e sua escolha vai depender da necessidade do artista.

gode-com-tinta

Palheta de pintura: Super importante pois é nela que você irá depositar a tinta e fazer a mistura de tonalidades. Eu utilizo um pedaço de fórmica mas existem no mercado diversas palhetas compostas de vários materiais diferentes.
palheta-para-pintura
Ela não vai ficar novinha para sempre.

A palheta de pintura pode ser encontrada também em acrílico transparente, e pode e deve ser lavada após o uso, ainda assim pode ocorrer de, com o tempo, ficar com acúmulos de tintas antigas.

Espátulas: Usamos para diluir, misturar e aplicar as tintas na tela. Encontramos também em vários formatos e materiais, afinal elas são utilizadas não apenas para manuseio das tintas mas, também, para a técnica de pintura espatulada.

espatulas-para-pintura
espátulas de aço temperado

obra de Roseval Rocha
pintura espatulada feita por Roseval Rocha


Cavalete de pintura: Bem, eu já falei um pouco sobre ele, e como é importante? É, mas pode ser substituído pela mesa mesmo ou outras alternativas, existem ainda cavaletes simples e baratos que cumprem seu propósito. Ele serve para fixar as telas em qualquer tamanho para que não saia do lugar e que você fique numa boa posição para pintar. (Irei colocar umas fotos do meu cavalete após atualizar essa postagem com alguns detalhes, ok?)


cavalete-de-pintura 

 detalhe de um cavalete de pintura


Outros acessórios úteis: Temos aqui o item para lavagem de pincel. Bem, enquanto você está pintando, a todo instante você muda de pincel, e aquele que está com tinta não vai ficar ali esperando pra secar a tinta e acabar se tornando inútil, certo? Para isso você tem de deixa-lo de molho ou lavar no mesmo instante, e isso é feito com o auxílio de uma vasilha contendo solvente, no caso da tinta acrílica, o solvente é a água.
Isso pode ser feito com ajuda de um copo mesmo, seja ele descartável, de vidro, de plástico... Mas é bom saber que existe um acessório próprio para lavagem de pincéis que você pode comprar, caso deseje.

vasilha para lavagem de pinceis
Lave seus pincéis sempre!


Bem, o diferencial desse utensílio em relação ao copo ou outra vasilha que você tem em sua casa é que esse acessório vem, em cada um desses compartimentos, com um local em relevos que você vai deixar com água e poderá esfregar os pincéis nessas ranhuras, assim já ajuda muito na limpeza pois após passar nessas ranhuras você deixa o pincel em descanso no compartimento do meio, até precisar utilizá-lo novamente, nesse caso terá de secar com ajuda de um pano limpo e seco.
limpar-cerdas-pinceis
Não é para passar nos cabelos nem massagear os pés.
Esse item é um complemento ao anterior, você irá esfregar as cerdas do pincel para retirar toda a tinta que tenha ficado grudada nas cerdas.


porta-pinceis
Porta pincéis. Organize e mantenha as cerdas sempre em forma!


Para não esquecer (e quase me esqueci mesmo!) veremos a seguir alguns itens indispensáveis na pintura autodidata para desenho e transferência de desenho para a tela de pintura (ou para o stencil). Temos então os seguintes materiais:

Papel vegetal (para copiar o desenho), lápis com grafite macio e o papel carbono próprio para tecido.

Caso você consiga desenhar bem ou queira retocar o desenho na tela você tem a opção do carvão vegetal para desenho ou o lápis regente 6B que tem uma ponta macia. (Esse método irei demonstrar em breve, fiquem ligados no blog!)
desenho-papel-vegetal
Araras desenhadas em papel vegetal, transferência para a Tela.


Bem pessoal, então é isso. Vimos hoje os materiais para pintura como prometi a vocês, espero que tenha ficado bem claro, e são esses materiais que utilizo também.


Nas próximas postagens irei mostrar um pouco mais sobre minha evolução na pintura com a minha quarta tela, e também aguardem novos vídeos que irei disponibilizar aqui.

Dúvidas? Sugestões? Utilizem o formulário de contato ali na lateral direita ==>

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Obrigado pela visita e até a próxima postagem.