Paisagem com balões

Bem vindos de volta,

Vamos dar continuidade à história iniciada na postagem anterior "Pintura divertida".

Como mencionei na postagem anterior, duas telas foram encomendadas com um tema mais infantil, o que não era bem minha praia, então pesquisei sobre elementos que pudessem me inspirar a criar algo que prendesse a atenção dos pequenos e cativasse os adultos.

Encontrei então aquela tela anterior, que gostei tanto, com muitos detalhes, diversas cores, e que resultou no que eu esperava.

A primeira tela foi bem desgastante de pintar pela imensa quantidade de detalhes, mais especificamente os vitrais e as pessoas. A segunda tela me pegou já um pouco cansado, mas tinha de fazer algo à altura da primeira e a chave para isso eram as cores, tinha de ser muitas, e também os detalhes, mas desta vez eu acrescentaria um pouco mais de natureza à pintura.

Vamos à analise da tela, afinal vocês devem estar curiosos:

Qualidade ruim da câmera, clique para melhor visualizar.

Análise:

Bem, antes de começar a análise, peço desculpas pela qualidade da imagem, já que a fotografia na época foi feita um celular, além do mais precisei compactar um pouco a imagem para o blog não ficar pesado.

Nessa pintura há muito do que já fiz antes, mas às vezes o que pintamos sempre nos parece novidade.

Temos ali o céu em gradiente, as nuvens ainda não estavam em sua forma ideal pela falta de treino e pelo cansaço de ter terminado outra tela trabalhosa.

As montanhas estão suaves, exatamente como deveriam ficar nessa pintura, e exatamente como deve ficar uma imagem de segundo plano.

As árvores (meu eterno pesadelo) ainda precisam ser melhoradas, mas ganho um ponto pelo resto da vegetação, certo?

O gramado no canto inferior direito ficou bom, acho que o melhor que já pintei naquela época, e também o gramado em verde claro.

As casinhas não tinham muito segredo, ficaram mais simples, mas com um bom efeito no final.

Na água consegui realizar um efeito legal, tanto dos movimentos que são as ondulações, quanto o reflexo do céu, vegetação, casas e balões na água.

Os balões foram trabalhosos de fazer porém as dificuldade foram poucas.

Lá vem história...

Essa pintura me trouxe recordações de quando eu ainda era criança e costumava ir na casa da minha tia, o balão e as cores do quadro me remetem a isso, à pintura que ela fazia. Talvez por isso, inconscientemente, acabei escolhendo pintar esse motivo: balões e água azul.

No meu caso, não era uma pintura em tecido e sim uma pintura em vidro, assim como a dos beija flores no pote de vidro de algodão que ela eternizou em minha mente, mais uma de muitas. São boas lembranças que acabam moldando a minha técnica na pintura, assim como minha tia foi importante em tornar cada um de nós que convivemos com ela, boas pessoas.

Tentarei ainda essa semana postar outra tela, e assim, encerrar as telas com temas mais infante-juvenil, para então voltar as paisagens, casarios e outros temas que combinam mais comigo.

Peço desculpas novamente pela demora em postar, mas tenho me dedicado ao meu canal de vídeo, já que meu ajudante fugiu do trabalho estou tendo de me redobrar nos vídeos, na pintura, no blog e em vários outros trabalhos.

Espero contar sempre com o apoio e comentários de vocês, confiram os anúncios no site caso tenha algo que vocês queiram, compartilhem as postagens nas redes sociais, com amigos da vida real, com amigos distantes, e acessem diariamente se possível o blog e ajude a crescer esse blog de pintura, com muito sobre minha vida e evolução na pintura autodidata inspirado por minha tia que também era amante da Natureza.

Obrigado!

Pintura em tela com tema divertido

Olá, queridos visitantes e amigos,

Hoje trarei a vocês mais uma das minhas pinturas, essa foi criada após a tela que mostrei na postagem anterior - "Menino com bolhas de sabão".

Vai até lembrar o mês das crianças mas a tela que trago hoje precisava também de uma temática mais infantil, como vocês vão ver após eu contar a história. Vamos as considerações sobre a tela.

Essa pintura foi feita em uma tela 30x40 (se bem me recordo), mas a técnica empregada difere daquela que uso normalmente ao pintar paisagem, por exemplo.

A tela era para ter uma temática mais jovial, divertida, que levasse alegria ao ambiente onde fosse exposta... Mas Paulo, por que esses requisitos?

Lá vem história...

Bem, minha irmã encomendou dois quadros para uma amiga dela, e tudo que eu sabia é que era para um quarto de crianças. Confesso que fiquei meio "com pé atrás" com isso, afinal tinha pouco tempo e experiência em pintura em tela e não havia pintado nenhuma tela sob encomenda até aquele momento, gosto de pintar o que me agrada, dependendo da inspiração do momento e, após a pintura pronta, deixar à disposição para venda. Também havia o fato de que eu só pintava, nesse tempo, paisagens, figuras marítimas e casarios (estão conferindo tudo isso no blog, certo?).

Então, o que pensei? Misturar um pouco da paisagem, colocar coisas bem coloridas para formar a tela, e bastante detalhes para desenvolver a mente da gurizada e prender a atenção dos adultos.

A paisagem deveria ser algo informal, moderno e artístico, algo que não precisasse ser muito realista como as telas anteriores. Cheguei então a um desenho que poderia ser o que eu estava procurando.

Desenhado no papel e transferida para tela, estava pronto para colocar meu plano em ação, ou melhor dizendo, fazer arte.

Vocês devem estar curiosos sobre a tela, então não irei mais prolongar a história e, logo após a tela, irei fazer a análise sobre a pintura.

Análise: Vamos começar então com a quantidade de detalhes na tela, certo?

Bem, os detalhes estão em várias partes, são as pessoas, os balões caídos ou flutuando, e o que todo mundo certamente vai notar, o zepelim (não, não é um peixe voador).

Com tantos balões tentei colocar cores vivas mas sem perder o contraste com a pintura em si (ainda que aquele balão amarelo não tenha se saído muito bem), com isso algumas cores ficaram repetidas. Mas cores não faltam nessa pintura, certo?

Temos os telhados feitos como se fossem vitrais, em diversos cacos coloridos, visualizamos cores nas roupas dos bonequinhos, temos as cores no zepelim e ainda nas casas, algumas amarelas, outras verdes claras, lilás entre outras.

A montanha, não sei o que lembram para vocês, mas para mim parece um doce... talvez eu esteja com muita fome para fazer essa análise, mas vamos continuar. O relevo do gramado tem seus altos e baixos, luzes e sombras mas, ainda assim, as árvores não tem sombra, lembrando que não é uma pintura realista. As árvores foram feitas com a técnica mais moderna, diferente das que eu vinha utilizando nas telas anteriores.

As nuvens tiveram uma transparência que peguei emprestada da técnica da pintura paisagista, e até mesmo a montanha tem um sombreamento bem tímido.

O brilho nos balões me lembram na infância, quando desenhamos algo e queremos dar a impressão de brilho... não sei se é como vocês faziam nas aulas de artes, mas eu fiz muito, esses pingos brancos, como a janelinha do windows®... quatro ou dois pingos brancos...

Apesar de parecer uma pintura simples, não se enganem, foi bem trabalhosa, dá para perceber pela quantidade de vitrais nos telhados, as inúmeras pessoinhas perambulando pelos caminhos, dançando, festejando... Pareciam todas felizes e prontas para alegrarem o quarto de uma criança.

Foi mais uma tela que gostei do resultado final, foi divertida pintá-la, apesar de extremamente trabalhosa, na verdade todas as telas que fiz até o momento resultaram de trabalho árduo.

Mas o trabalho se deve ao fato de que sempre tento colocar um detalhe a mais, caprichar mais em alguma parte, e nesses detalhes vão se passando os dias.

É algo para imaginar como seria viver nessa vila fictícia, um lugar pacífico, alegre... quando olhamos para a pintura, fazemos parte dela por um momento.

Como iniciei lá em cima foram duas telas sob encomenda para o quarto de crianças, certo? Bem, o outro quadro vai ficar para a próxima postagem, mas adianto que a próxima tela não deixa nada a desejar diante dessa, apesar de que a temática deveria ser infantil, acho ela mais paisagista, por assim dizer...

Continuem acompanhando o Blog, e tento colocar a próxima postagem o mais breve possível, Ok?

Obrigado a todos pela visita, curtam a postagem no google+, compartilhem no facebook, twitter, e comentem com seus amigos também sobre o meu blog, que mostra a evolução da minha técnica da pintura em tela autodidata.

Bolhas de sabão

Olá pessoal, 

Após uma semana e meia sem conseguir postar devido a vários problemas e também por precisar me dedicar mais ao meu canal de vídeo no YouTube, finalmente estou de volta.

Como falei na postagem anterior (aquela da cabana com lago), foi a última pintura daquele ano e, então, é hora de começar a mostrar aqui novas telas que vieram com o passar do primeiro ano de treinamento e também coisas boas que aconteceram naquele ano quando iniciei a pintura em tela.

Em algumas áreas eu consegui evoluir bem como, por exemplo, na pintura de árvores e lagos, isso ficou evidente na tela da postagem anterior. Era hora de tentar coisas novas, pois com a pintura autodidata, tenho o costume de arriscar novidades, novos desenhos, ainda que pareçam impossíveis de realizar à primeira vista, se é algo bonito e que eu gosto, simplesmente arrisco. Isso tem muito a ver com a tela que irei postar agora. Espero que gostem.

Análise:

O que gostei nessa pintura e por que a escolhi?

Havia muitos elementos que, ao se unirem no conjunto que forma a tela, formaria uma pintura cheia de detalhes, do jeito que gosto.

Nessa tela não tinha as coisas que me tiram o sono, claro, brincadeirinha. Não tem árvores, não tem montanhas, não tem mar...

Flores eu não costumo pintar muito... são bonitas? São sim, mas acho algo bem simples de fazer. Não saíram perfeitas, mas elas não eram meu foco principal nessa pintura. Meu desafio maior era pintar o menino. Era a primeira vez que eu pintava uma pessoa; em segundo vinham as bolhas, depois a madeira com seus relevos e sinais particulares, e por último, mas não menos importante, dentro da construção em que o garoto se encontra, o plano de fundo.

Eu, particularmente, gostei de algumas coisas e vamos ver se vocês concordam, em seguida conto mais sobre a história dessa tela.

Eu gostei das bolhas por terem ficado com um ar bem realista, a transparência e o reflexo de luzes. A camisa do garoto, com as dobras, as sombras e diferenças de cores, acredito que ficou bem realista.

Se olharem com mais atenção, no fundo da construção que irei chamar de celeiro, a parte escura está bem detalhada: tábuas quebradas e pelos buracos (frestas) é possível ver meio embaçada uma vegetação e a entrada da claridade por ela... isso foi outro elemento que gostei e trouxe realismo à pintura.

As tábuas de madeira que compõem a parte externa do celeiro também achei legal, é um efeito até fácil de fazer, posso afirmar que, de tudo que foi pintado nessa tela, essa foi a parte fácil.

O vaso de planta foi algo simples, assim como as flores e folhas... eu já estava bem cansado nessa etapa: Um conselho, nunca pinte quando já estiver muito cansado(a), pois aumentam as chances de você estragar sua pintura. Eu costumo pintar 6 a 7 horas por dia, e isso é cansativo. Quando a pintura está ficando boa tudo que você quer fazer é continuar, mesmo com todo cansaço.

A janela verde não ficou tão boa, assim como as folhas e o cabelo do menino, mas do garoto não posso reclamar por ter sido minha primeira pintura de pessoa.

Lá vem história...

Um pouco sobre a história desse quadro remete ao Natal daquela época. Eu tinha terminado a pintura havia pouco tempo, ainda não tinha envernizado, nem mesmo assinado e faltava, se não me falha a memória, uma semana para o Natal. Foi um dos meus quadros favoritos, mas ele tem uma temática mais infanto-juvenil ao meu ver, mas claro, cada um tem sua visão quanto a isso.

Foi então que chegou o Natal, todos ganhando seus presentes, mas esquecemos do presente daquele que era o animador da festa, por assim dizer, foi assim que, às pressas, surgiu a ideia de presenteá-lo com o quadro. Talvez tenha sido o presente mais valioso daquele dia e, felizmente, está sendo bem duradouro,  meu sobrinho Henrique foi o merecedor desse quadro, e ele tem cuidado muito bem daquele presente até hoje e, por vezes, ele ainda comenta e elogia o trabalho que fiz naquele quadro e mostra que o presente pode, sim, ter parado em mãos certas.

Ao fazer esse quadro, com a temática mais juvenil, foram abertas novas possibilidades a serem exploradas, como outros quadros infantis mas sem deixar para trás as belas paisagens, os detalhes minuciosos e, claro, as muitas cores que formam as mais belas pinturas.

Esses quadros serão mostradas na próxima postagem, assim como suas histórias.

Obrigado a todos os visitantes, compartilhem o Blog e se inscrevam para acompanhar as novidades e minha evolução na pintura autodidata.

Agradeço também aos mais de 2000 mil visitantes alcançados.

Nota: tenho mantido as fotografias das pinturas em uma qualidade inferior para que as páginas não fiquem pesadas, assim o blog fica com um carregamento rápido para vocês.